Adeus «cooperação estratégica», olá «magistratura actuante»


Foi um homem visivelmente cansado, fruto do mês intensivo que teve na estrada, que vimos hoje a fazer a declaração de agradecimento ao País pela quinta vitória que alcançou em seis actos eleitorais a que se propôs. Aos 71 anos, Cavaco sabe que o espera um tempo nada fácil. O País está em cacos. Mas ele, melhor que ninguém, sabe que só a sua experiência, honestidade, seriedade e competência estavam a votos nestas eleições. O discurso foi igual a si mesmo. «Foram cinco contra um e a dignidade e o respeito que devem envolver uma eleição presidencial não foram respeitados», disse, revoltado com a campanha de que foi alvo, reportando-se ao caso BPN. Ficou a demonstração, como disse, que o resultado foi a prova de uma «democracia adulta» e que ao povo coube a palavra final. «Magistratura actuante». É o novo conceito do segundo mandato de Cavaco. Sabemos o que isso é. O Governo e José Sócrates vão perceber isso melhor todas as semanas e todas as quintas-feiras.

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