Da esquerda moderna para o centro-esquerda moderna

José Sócrates mudou, ele gosta de dizer que o mundo mudou, e ele, claro está, também muda. Foi precisamente no Fórum Novas Fronteiras que, moções de censura à parte, o secretário-geral do PS, introduziu conceitos novas da orientação ideológica do partido. A «esquerda moderna» de que se ouvia falar nas últimas legislativas passou agora a «centro-esquerda moderna e reformista», segundo José Sócrates. «Nós reclamamos um centro-esquerda moderna, um centro-esquerda reformista e um centro-esquerda aberto a toda a sociedade. Centro-esquerda porque adversários do manobrismo politico-partidário, amigos do respeito pela vontade do povo, expressa livremente em eleições, mas também adversários da instabilidade, amigos da estabilidade e da cooperação institucional. Um centro-esquerda moderno e reformista». É a globalização a funcionar e a caça ao voto também. José Sócrates pode ser acusado de tudo, com a marca maior de destruição no campo do Estado social, mas é o partido que, pelo menos, mais esforços fez para a adaptação ideológica. A modenização partidária também é isto, o assumir que se muda de pocionamento, o aceitar que o mundo mudou e que nós também mudámos.

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