«Cavaquistão» acolhe populares que já pensam no poder


Em Viseu, bastião do «cavaquistão», Paulo Portas chegou para ser consagrado, depois de ter sido eleito com 95 por cento dos votos. O líder do CDS-PP prepara assim o terreno para vir a formar uma eventual coligação com o PSD, caso o cenário de eleições antecipadas esteja em cima da mesa na próxima quarta-feira. Aquele a que muitos chamaram o «partido do táxi» não pereceu tão cedo como vaticinaram. Portas sabe que Passos precisa dele. Ainda assim, mesmo com vozes contra a crise política, como Nobre Guedes, que considera um erro a queda do Governo, Paulo Portas seguirá o seu caminho. Porque, mesmo com discursos sociais na ponta da língua, sabemos que no Caldas já cheira a poder. E até já há nomes para ministros, imagine-se. Enquanto a política portuguesa viver em função dos seus interesses, o País, esse, merece, e bem os líderes que produz.

Comentários

Carlos Pires disse…
Suponho que, actualmente, não seja fácil ser líder partidário em Portugal. Por exemplo: se disserem a verdade óbvia e necessária - que o Estado tem que diminuir drasticamente e que não só não pode oferecer lugares como terá que suprimir muitos dos "tachos" já oferecidos no passado - perderão as eleições, mesmo que o adversário seja um demagogo e um falhado e incompetente tão grande como Sócrates. Por outro lado, não dizer a verdade é continuar as deploráveis práticas que tanto contribuiram para a miserável situação actual.
Como resolveria Platão este quebra-cabeças?

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