Duas caras, uma só voz
Suspensão das grandes obras públicas. Encerramento de institutos públicos. Aumento de impostos do lado do consumo (IVA). Tudo para garantir o compromisso de cumprir a redução do défice orçamental nos próximos anos junto de Ângela Merkel, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu por parte de Pedro Passos Coelho. No fundo o mesmo que José Sócrates estava a fazer. Ontem assistimos à triste cena caricata de ver em Bruxelas dois homens, um que ainda é Primeiro-Ministro, e outro que acha que já é, a defenderem o país e a mesma coisa. «Alguém tem de defender o país», dizia José Sócrates. Já Pedro Passos Coelho, diz-se, que teve vários puxões de orelhas em Bruxelas. Tudo, claro está, farinha do mesmo saco.
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