PS - Um partido à procura da identidade
Em terras bracarenses - território natural do líder pós-socrático - haverá muita «parra e pouca uva» para pisar até Domingo. Num Congresso que visa aclamar um porto Seguro para os próximos tempos, o partido tem necessariamente de reflectir sobre o legado deixado por José Sócrates. É um trabalho penoso o que espera a este PS, que vai andar à deriva até desgastar um secretário-geral, que é de transição. Entre a espada e a parede, o PS só tem um caminho: ir ao sabor dos acontecimentos. Evitar os danos possíveis é, pois, a meta dos socialistas. Destaque para a passagem de testemunho de Almeida Santos a Maria de Belém na presidência do partido e para António Costa em segundo lugar nas listas de António José Seguro. Nota final para lembrar que o símbolo do punho volta a ser a imagem do partido, num claro rompimento com a Era Sócrates, em que a rosa foi a imagem utilizada. Um regresso às origens, ao socialismo que já está morto e com a gaveta fechada.
Comentários
Nunca nenhum líder moldou tão profundamente um partido (e até um país) à sua imagem. Cavaco fez algo parecido, mas não chegou tão longe - porque não conseguiu.
O PS é o Partido de Sócrates, mesmo com o ex-líder distante.
E ele vai regressar - podem escrever.
Nada muda no PS. Quando muito, as moscas.