Porque és assim, Jorge. Genuíno. Grande.


«Este é o relato de uma noite de gravações do disco, em Março deste ano, num estúdio apertado da capital. Uma história que mete canções, viagens, a influência de Bob Dylan, alguma contestação social e muitos cigarros (...) Jorge Palma é um homem da vida. Tem na pele as marcas da cidade, dos metros, dos excessos, das «noites longas a esfregar a brasa da loucura nos olhos da razão», conforme diz numa das suas canções. São 60 anos de vida, quarenta e tal de estrada. Pelo meio, uma carreira cheia de altos e baixos, mas com um tónico constante: Palma cria canções baseadas em sentimentos, conversas, noites de aventura, dores da manhã, mágoas sociais. É um tipo atento ao mundo, não pode ser mero acaso este álbum chamar-se Com Todo o Respeito. «É, a ideia é criar uma ironia. Hoje toda a gente vai fazendo o que lhe apetece sem olhar para os outros, com todo o respeito. Somos roubados, com todo o respeito. Ficamos calados, com todo o respeito. E eu, com todo o respeito, não me calo.» Questionado sobre se este é um disco de carácter social, Jorge Palma afirma que a sua ideia inicial nunca foi essa. «Eu faço o que sinto. Se saiu assim, é porque tinha de ser assim. Não que o tivesse planeado ou pensado.» 'Com Todo o Respeito', és assim, Vida que me acompanha há quase três décadas. Não te cales, nunca te cales. 
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