«Jobs» for the «Boys» and «Girls». Com aplausos presidenciais.
Os famosos «jobs for the boys» estão de volta. Por mais que haja Troika, por mais cortes e sacrifícios pedidos, a verdade é que não há volta a dar. Desde que tomou posse, leio na Lusa, o Governo de Pedro Passos Coelho nomeou três pessoas por dia. O Ministério da Agricultura, liderado por Assunção Cristas, é o recordista, com mais funcionários nomeados -91 novos colaboradores -, seguindo-se o Ministério da Economia, com 86. Ainda assim, os gabinetes de Assunção Cristas e Álvaro Santos Pereira conseguiram reduzir o seu pessoal em 118 pessoas.O salário médio de cada funcionário é de 2.300 euros/mês, representando um encargo anual de quase 20 milhões de euros para o Estado. E, ao todo, foram 610 os novos funcionários que entraram nos gabinetes ministeriais desde que o Executivo de coligação venceu as eleições a 5 de Junho. Compreendemos que um Estado, um elenco governativo precisa de profissionais competentes para fazer rolar um país depenado como o actual. Mas só não se entendem as mensagens demagógicas e os falsos moralismos - como as operações de charme das viagens em económica na TAP de Passos Coelho e seus ministros ou os discursos de falsas intenções de poupança por parte deste Governo. Em tempos de severa austeridade, ou bem que se mostra que somos diferentes ou os números acabam sempre por nos levar à verdade. Mas para os «boys» e «girls» haverá sempre carros topo de gama, banquetes à farta, viagens a torto e a direito para manter a diplomacia estatal e regalias de Rei (nu). Entretanto, o povo morre lentamente com taxas moderadoras comilonas, SCUT que vão ao bolso de quem não pode, tarifas de transporte insuportáveis, aumentos brutais de impostos e falta de emprego a rodos. Entretanto, o sr. Presidente da República, que parece ter sido outro nos últimos seis anos, vê tudo, calma e serenamente, da poltrona de Belém.
Comentários
gelo