A poupança que segrega. Mas ninguém quer saber.


O ministro da Saúde, Paulo Macedo, socorreu-se, no início desta semana, dos três estudos publicados nos últimos meses sobre o sector, que referem que «é possível fazer uma poupança na ordem dos 700 a 800 milhões de euros através do combate ao desperdício». Pois nós por cá, não duvidamos, mas tudo isso, também sabemos, está e será feito de forma cega, com aumentos brutais nas taxas moderadoras sobre uma classe média e média-baixa, colocando-as isoladas (sobretudo no Interior) e sem acesso à saúde pública e alegadamente universal como dita a Constituição que ainda nos rege. A segregação social na saúde também é uma doença. Mas ninguém fala dela. Também não interessa nada porque as nossas covas estão abertas e ainda não percebemos porque não nos empurraram lá para dentro.

Comentários

Anónimo disse…
Estes "estudos", feitos pelos boys, usam a teoria estúpida do costume, ao estilo da tasca.
Não sabes como é? Eu explico:
Tendo em conta que a Tasca vende 100 copos de vinho a 0.50, logo, se aumentar o preço para o dobro, duplica a receita. Infelizmente, vendo-se na prática que a grande estratégia empreendedorística do CEO da Tasca resultava em perda de clientes, passou a utilizar-se o Plano B: porque os clientes são menos, a Tasca tem de aumentar o preço dos copos de vinho para 1.50 a fim de garantir as mesmas receitas que tinha antes da primeira estratégia. Se não der certo, então retoma-se o Plano A.
E assim, de buraco em buraco, a Tasca precipita-se para o abismo final. Porém, antes que dê o berro, recorre ao crédito para comprar um carro desportivo, um plasma com ecrã de 1 hectare, um sem-fim de gadgets da moda e uma mobília completa para renovar a casa, fazendo de conta que é para o estabelecimento. Com jeito, ainda chega para umas férias nas Maldivas.
E depois?
Depois... os pobres que paguem a crise!
É assim o empreendedorismo nacional..