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Cavaco. O Presidente não anda bem. Recomendamos Kompensan.
«Roteiros VI». É o novo livro de Cavaco Silva que será oficialmente lançado hoje. No seu prefácio, o actual Presidente da República (falida) acusa José Sócrates de «falta de lealdade institucional» e garante que a mesma «ficará registada na história da democracia portuguesa». Na obra, Cavaco diz ainda que foi induzido em erro e apanhado de surpresa com as medidas do PEC 4. Numa altura em que se assinala um ano após a reeleição para o segundo mandato, fica muito mal ao Presidente tecer comentários deste género. As quezílias caseiras são para ficarem dentro de casa, enquanto ainda vivemos dentro dela. Todos sabemos os erros cometidos por José Sócrates enquanto Primeiro-Ministro. Todos sabemos que foi teimoso até ao fim. Uma teimosia que nos custou um empréstimo internacional mais duro, quiçá. Mas Cavaco lavra, com estas declarações, no mesmo erro em que o seu antecessor no cargo também caiu. E tanto que Cavaco se queixou da tenebrosa acção anti-cavaquista levada a cabo por Mário Soares nos tempos idos das famosas «Presidências Abertas»... O veneno é algo difícil de expurgar, está visto, e a memória do Presidente anda mais curta que nunca. Este é só mais um capítulo que mancha a recta final da Era Cavaquista no sistema político-partidário nacional. E já agora, se Sócrates foi «desleal», democraticamente falando, por onde andou a sapiência e os alertas do Presidente nesses tempos? Na caixa de antiguidades de Belém, e nos discursos ocos e vazios do 5 de Outubro e do 25 de Abril. Sim, já sabemos. E que tal tomar um Kompensanzito até ao final do mandato, Sr. Presidente? Diz que alivia a azia.
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