Pessoa. Nunca deixes de me comover.

Não esperava que fosse de outra maneira. «Fernando Pessoa - Plural como o Universo». Assim foi e assim será sempre. A exposição que desnuda o grande poeta faz aquilo que Pessoa faria se por cá ainda andasse porque ele continua a a achar que «navegar é preciso, viver não é preciso», porque «viver não é necessário, o que é necessário é criar». Pessoa não é um poeta que agrada apenas a quem o lê, não desperta apenas curiosidade pela intensidade com que se abre em cada heterónimo que criou, ele continua a fascinar e a incomodar como nenhum outro fez. Porque Fernando Pessoa só o pode continuar a ser porque me continua a comover e a incomodar. Platonismo recomenda uma visita à exposição patente na Gulbenkian até Abril. E já agora, se o problema é gastar dinheiro, para além da entrada ser quatro euros, aos domingos não se paga. E se houver Sol, é sair de 'dentro' de Pessoa e repousar o pensamento nos jardins da Fundação, sempre disponíveis para companhia humana.

Nota - Uma exposição de um escritor, à partida, pode ser apenas mais uma. Esta tem uma dinâmica sublime, criando uma interacção mágica com o público. É uma espécie de intimidade entre o poeta e a sociedade. Até nisso, os autores conseguiram nível máximo. Parabéns.

Comentários

Ruthia disse…
Parece-me bem... também sou fã dos museus ao domingo de manhã. Até porque o meu piqueno me acorda sempre às 7 da manhã, faça chuva ou faça sol :)
Ana Clara disse…
Eu imagino, um autêntico despertador! :-) Beijocas, minha querida.

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