2 em 1
É o chamado 2 em 1. A manchete do i deve, esta segunda-feira, dar azia à esquerda portuguesa. Os comunistas, sempre defensores do tal emprego, sempre «usaram» e «abusaram», tal como PS e PSD, na governação local. E é preciso, de facto, assumir isso. Destaque também para a entrevista do antigo ministro das Finanças de Cavaco. Cadilhe fala muito, mas sempre tarde. Como todos os outros, por sinal.
Comentários
Já que ninguém lhe liga, nos comentários, e não querendo prencher muito o seu espaço, deixei-me lembrar-lhe uma incorrecção, de que "Cadilhe falou sempre tarde". Foi o primeiro ministro das Finanças do "consulado cavaquista". Saíu mal começaram a entrar os 200 mil novos funcionários públicos. Denunciou o facto. Não sabemos até que isso jogou a apressar a sua saída, para além do escândalo da esposa com o arquitecto das Torres das Amoreiras e as fotos obscenas na "Interviu" e a sisa da permuta no "Independente". Mas dei jeito ao Cavaco, ele ter saído. E ainda mais jeito deu, a alguns "cavaquistas". Já em 1987 falava de contenção na despesa pública. Uma heresia, para os parvenus da adesão à CEE. No caso BPN tinha razão. Mas neste país não se pode ter razão antes do tempo. É preciso esperar pela desgraça, para convencer e vencer o cepticismo provinciano e ultramontano...Mesmo assim, ai, ai... Não sei se depois da desgraça, ainda seremos capazes de apontar um culpado que seja...!
Boa semana...
Vou comprar o "i". Obrigado.
Denoto alguma injustiça para com o percurso de Cadilhe. Já nem me lembrava bem, mas ele refere um livro de 2005 e a sua passagem pela Agência de Investimento, antes de Basílio Horta também o comprova, o que ele próprio reconhece não o terem escutado : falou antes do tempo!
O livro dele era uma heresia, nesses tempos: falava contra o despesismo, coisa que só Medina Carreira o fizera antes. Criticou a Expo 98, os estádios do Euro 2004 e quis salvar o BPN, sem os encargos brutais da nacionalização dos prejuízos de uns e roubos de outros...
O mais importante no "i" de hoje foi a entrevista de Rob Riemen, filósofo holandês. Arrasa por completo os políticos e os media, osprotectores dos interesses mesquinhos e continuadores do desenvolvimento da estupidez das multidões.
Nenhum jornalista deve ignorar.
Suspendo por ora a minha referência anterior, à "sua escolástica abrantina"...!!!
A crítica é mesmo muito necessária para combater a "estupidez" envolta no politicamente correcto "neo-fascista"...! E eu por já seguir uma opinião muito próxima, o que não fui censurado e caluniado...
Não se pode ter razão antes do tempo...!