Assessores no Largo do Rato, precisam-se!

Depois das polémicas declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, no domingo, na TVI, na mesma estação, o líder do PS, acusou o professor de lhe desferir um ataque «vil e miserável» e «fundado em mentiras». Para percebermos a polémica temos de recuar às declarações do comentador da TVI que acusou Seguro de promover um «golpaça» com a revisão dos estatutos do PS. Duas notas a este caso que, de «caso», nada tem. Em primeiro lugar, Marcelo estava mal informado, como a própria presidente do PS, Maria de Belém, veio explicar. E sabemos bem a mestria do conselheiro de Estado em provocar os alvos que escolhe. Já Seguro, caiu na armadilha de Marcelo, respondendo a um comentador dominical. O que o líder do PS devia estar a fazer era sim a apresentar propostas, porque apesar de não haver muito espaço, há margem (há sempre) para propor alternativas ao Memorando, não se desviando dos objectivos exigidos. Mas a verdade é que Seguro cometeu alguns erros. Durante a governação socialista nunca vincou as suas discordâncias, fez o trabalho de terreno junto das bases, escreveu artigos de jornais, e até apoiou algumas bandeiras de José Sócrates. Agora, está refém do trabalho crítico que não fez em termos internos e de um Memorando inevitável. Mas daí a entrar neste jogo de Marcelo, vai uma grande diferença. Assessores no Largo do Rato, precisam-se!

Comentários

João Pico disse…
Maria de Belém veio contradizer José Seguro. Este, hoje na TVI, apontava a falta do método de Hondt, como coisa do passado dando o exemplo da distrital do Porto em 2011, onde a liderança distrital que obteve 53 % dos votos logrou incluir na sua lista de deputados, a totalidade dos candidatos. Ora Maria Belém acabou por negar a possibilidade de haver método de Hondt, argumentando, - erradamente, quanto a mim! - de que o método de Hondt é incompatível com a lei da paridade(?!?!). Ora essa, o método de Hondt funcionaria para o masculino e para o feminino, respeitando as respectivas quotas m/f...