Conheça o nosso Primeiro-Ministro. Das origens até à actualidade.
Comentários
João Pico disse…
Ana Clara:
De todos quantos apaludiram o Passos Coelho, - e foram mesmos muitos! - não consegui ver nenhum que não dependesse, e muito, dos favores do aparelho do PSD e do poder local e do poder político ligado ao partido!
E quando assim acontece, não basta termos um líder sério... quando à sua volta subsistem muitas nebulosas...
Caro João, eu já aplaudi José Sócrates, enquanto cidadã, e também Pedro Passos Coelho. E nunca dependi de favores :-) Quanto ao aparelhismo, isso faz parte da política, nunca vai deixar de existir, infelizmente, e mentirá o líder que disser o contrário. Todos eles mentem nesse sentido, como sabe...
João Pico disse…
Ana,
Eu não estava a falar dos cidadãos enquanto tal. Nem do aplauso num comício, num registo especial da nossa vida em democracia. Já aplaudi Francisco Louçã por uma razão muito específica, num comício onde procurei falar à sua mãe, uma advogada da família, de quem guardo excelentes recordações, tendo dito na apresentação que a mãe fez ao então candidato a presidente da República em 2005 pelo BE, de que a mãe dele estava para a advocacia, como o João Semana estava para a medicina!
O "aparelhismo" não tem que fazer parte da democracia. Só em nações de gente impreparada e submissa!
As primárias do PS, por exemplo, são uma paródia grosseira do modelo americano. São os homens do aparelho que manietam as estruturas militantes, geralmente, pouco numerosas. Onde o poder de "sugestão" dos directórios mais facilmente se transforma em dogma, a que todos religiosamente obedecem, sem debate. Às tantas, surgem as "famílias" de erros sistemáticos que nos transformam em verdadeiros crentes fundamentalistas, do que nos sugerem como o bom e o certo.
A fé exagerada nas pequenas "amostras concelhias" transporta-nos à ilusão mais geral, sem cuidar de questionar a sua fiabilidade. No limite, ficamos reféns dos pequenos ditadores dos aparelhos locais, cegamente obedientes ao líder.
O que eu quis sublinhar é que muitos - senão todos os militantes e dirigentes apoiantes de Passos Coelho, naquele congresso do PSD - nunca foram pessoas que no seu percurso partidário, se pudessem parecer isentas e desligadas do aparelho e dos favores que este gere, como o era de facto, em parte Passos Coelho.
E digo em parte, porque não se pode omitir a influência pessoal que o grande estratega Ângelo Correia teve para com o jovem Passos Coelho, pese embora, hoje, já não se note tanto essa aproximação, julgo eu.Aliás, noto algum desencanto nas intervenções de Ângelo Correia na SIC-N.
Tão pouco quero saber se todos mentem ou não. Não é isso o mais relevante. Bastaria que houvesse uma "consciência cívica" mais forte e uma conduta ética mais determinante nas mãos dos militantes, - que estes tivessem um poder mais genuíno, como bases e nunca como correias de transmissão dos caciques locais, - para que as "mentiras" dos políticos diminuissem ou no limite, não prejudicassem tanto a vida dos cidadãos.
Sócrates fez o que fez, pela falta dessa cultura da "consciência cívica" dentro do aparelho e entre os militantes. Prejudicou o país. E nenhum militante socialista se sentiu verdadeiramente patriótico para o combater. Eu votei em Manuel Alegre em 2005, porque era de todos os candidatos, o mais anti-socrático. Já não votei nele em 2011, porque aí surgiu como a "muleta" de Sócrates. E também não votei em Cavaco. Só votei uma vez em Cavaco, porque ainda assim o achava preferível ao Sampaio...
Há por esses concelhos fora prova de diatadores concelhios que os votos nunca os derrubaram. Só caíram por força da PJ e do MP...mas ainda assim, só depois de condenados tribunais de última instância...
Se isto não é possível, e é isto apenas o que a democracia nos tem para dar, então não quero mais esta democracia.
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De todos quantos apaludiram o Passos Coelho, - e foram mesmos muitos! - não consegui ver nenhum que não dependesse, e muito, dos favores do aparelho do PSD e do poder local e do poder político ligado ao partido!
E quando assim acontece, não basta termos um líder sério... quando à sua volta subsistem muitas nebulosas...
Eu não estava a falar dos cidadãos enquanto tal. Nem do aplauso num comício, num registo especial da nossa vida em democracia. Já aplaudi Francisco Louçã por uma razão muito específica, num comício onde procurei falar à sua mãe, uma advogada da família, de quem guardo excelentes recordações, tendo dito na apresentação que a mãe fez ao então candidato a presidente da República em 2005 pelo BE, de que a mãe dele estava para a advocacia, como o João Semana estava para a medicina!
O "aparelhismo" não tem que fazer parte da democracia. Só em nações de gente impreparada e submissa!
As primárias do PS, por exemplo, são uma paródia grosseira do modelo americano. São os homens do aparelho que manietam as estruturas militantes, geralmente, pouco numerosas. Onde o poder de "sugestão" dos directórios mais facilmente se transforma em dogma, a que todos religiosamente obedecem, sem debate. Às tantas, surgem as "famílias" de erros sistemáticos que nos transformam em verdadeiros crentes fundamentalistas, do que nos sugerem como o bom e o certo.
A fé exagerada nas pequenas "amostras concelhias" transporta-nos à ilusão mais geral, sem cuidar de questionar a sua fiabilidade. No limite, ficamos reféns dos pequenos ditadores dos aparelhos locais, cegamente obedientes ao líder.
O que eu quis sublinhar é que muitos - senão todos os militantes e dirigentes apoiantes de Passos Coelho, naquele congresso do PSD - nunca foram pessoas que no seu percurso partidário, se pudessem parecer isentas e desligadas do aparelho e dos favores que este gere, como o era de facto, em parte Passos Coelho.
E digo em parte, porque não se pode omitir a influência pessoal que o grande estratega Ângelo Correia teve para com o jovem Passos Coelho, pese embora, hoje, já não se note tanto essa aproximação, julgo eu.Aliás, noto algum desencanto nas intervenções de Ângelo Correia na SIC-N.
Tão pouco quero saber se todos mentem ou não. Não é isso o mais relevante. Bastaria que houvesse uma "consciência cívica" mais forte e uma conduta ética mais determinante nas mãos dos militantes, - que estes tivessem um poder mais genuíno, como bases e nunca como correias de transmissão dos caciques locais, - para que as "mentiras" dos políticos diminuissem ou no limite, não prejudicassem tanto a vida dos cidadãos.
Sócrates fez o que fez, pela falta dessa cultura da "consciência cívica" dentro do aparelho e entre os militantes. Prejudicou o país. E nenhum militante socialista se sentiu verdadeiramente patriótico para o combater. Eu votei em Manuel Alegre em 2005, porque era de todos os candidatos, o mais anti-socrático. Já não votei nele em 2011, porque aí surgiu como a "muleta" de Sócrates. E também não votei em Cavaco. Só votei uma vez em Cavaco, porque ainda assim o achava preferível ao Sampaio...
Há por esses concelhos fora prova de diatadores concelhios que os votos nunca os derrubaram. Só caíram por força da PJ e do MP...mas ainda assim, só depois de condenados tribunais de última instância...
Se isto não é possível, e é isto apenas o que a democracia nos tem para dar, então não quero mais esta democracia.