«Termómetro Político». Assim se faz serviço público.



«Termómetro Político». O novo programa da RTP que estreia este Domingo depois do Telejornal merece aplauso de Platonismo. A Política, nunca como hoje, esteve na primeira linha da comunicação social. E, já agora, dos cidadãos, que, anos a fio, a desprezaram, dela se distanciaram pelas piores razões. Parece ser a sina do costume, em tempos de crise, ressuscitam aquilo que mais mexe com cada um de nós. Serviço público também é isto, sobretudo para os que, infelizmente, não têm cabo nem podem seguir os canais de informação portugueses, que, justiça seja feita, têm promovido o debate político, em demasia até. 

Comentários

Anónimo disse…
Nunca há demasiada promoção do debate político.

OS canais pagos não o promovem assim tanto. O pluralismo vai apenas para os frente a frente do género dos do Crespo. No mais continua a haver uma esmagadora maioria de comentadores do bloco central e cds-pp, os partidos que nos conduziram aqui com o patrocínio dos jornais que acham que meter um ps a discutir com um psd é um debate político, só porque são os partidos onde eles votam.

Anónimo disse…
Há coisas que não consigo perceber.

Como é que alguém com carteira profissional acha que Termómetro Político é serviço público. É que nem aqui nem na China. Aquilo chama-se catequese.

Três jornalistas próximos (e eleitores) do PSD a falar sobre a semana política evacuam qualquer isenção, rigor, pluralismo a que serviço público está subordinado.

Temos o cavaquista Pedro Santos Guerreiro, que apesar de tudo consegue pensar fora do pacote; o Marcelino um capataz da direita nos jornais, e a Mª João Avillez que teria sonhos húmidos, se isso Deus Nosso Senhor lhe permitisse, com cada medida, intervenção, whatever, do PSD e do seu amado Messias, Cavaco. Três eleitores do mesmo partido, sem qualquer contraditório.

Por outro lado, modera Carlos Daniel, que enquanto modera faz piadas sobre Louçã.

Está ali desenhada uma coisa que nos faz mesmo pensar, ao estilo do Prós & Prós. Mas faz pensar é que a honestidade intelectual e a defesa do pluralismo pela parte dos jornalistas que mandam deve demasiado aos seus gostos e inclinações pessoais do que à confrontação de todos os ângulos e pontos de vista.

A abertura ao contraditório desta gente esgota-se nos tempos de antena e é porque é obrigatório.