Numa coligação desfeita, Passos torna-se mais um sem espinha.
A lealdade com os eleitores nunca foi uma linha seguida por nenhum
Primeiro-Ministro até hoje. O que Pedro Passos Coelho hoje recusou no
Parlamento clarifica a confusão que lavra em São Bento e que ele próprio faz o
mesmo que criticou nos seus antecessores. Não dizer onde pretende cortar quatro mil milhões de euros
do lado da despesa é lamentável. Das duas um: ou já sabe onde cortar mas
politicamente isso tem custos e por isso evita-se a prenda de Natal antecipada;
ou então está difícil cortar. Paulo Portas, o seu número três, demarcar-se
novamente deste Governo enviando, em nome do CDS, uma carta à Troika. A
coligação já não existe para o país nem sequer dentro do próprio Executivo. É
melhor pararem para pensar enquanto o incêndio não se torna visível em Bragança
meus senhores.
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