A fibra da classe [política] construída com desabafos platónicos à mistura.
«A maioria dos funcionários públicos são eleitores do PS.Todavia, o PS andava ciumento do PSD e nostálgico por não apresentar propostas fracturantes e não ter personalidades assim tão radicais como o SE Moedas a polarizarem as atenções dos media. Ainda que fosse por razões menos boas.Talvez por isso, mau grado o ataque sem regras nem decoro a que o PSD tem sujeito os funcionários públicos, o PS veio agora defender a extinção do serviço de saúde para o qual os ditos funcionários descontam mensalmente,o ADSE. Se o PSD malhava nos funcionários públicos,o PS também teria aí de molhar a sopa.Se eles tinham um Moedas, o PS aspiraria a ter, pelo menos,uns moedinhas!».
A frase é do digníssimo José Lello, na sua página no Facebook. Cá está a fibra que rege a classe política nacional. Da esquerda à direita, no palco do «centrão», o que interessa são os interesses partidários, as promessas eleitoralistas e chegar ao poder a todo o custo. Por um lado, ainda bem que figuras destacadas do PS se chegam à frente desta maneira, mostrando de facto o que são, e onde está o socialismo que Soares tanto apregoa e que Guterres e Sócrates meteram na gaveta. E para que não me chamem de «fascista», este post serve também para o centro direita com o qual convivemos há décadas, na mesma escala. E acrescento, para os que têm dúvidas acerca das minhas posições ideológicas [e não políticas, reafirmo, ideológicas e não políticas] e falam sem saber, que sou há 15 anos, marcada pelos princípios da social democracia, que em nada têm que ver com os princípios político-partidários praticados no passado e actualmente em Portugal. É que confundir social democracia com Partido Social Democrata ou com neoliberalismo é, digamos, a asneira mais fácil de cometer. E por aqui me fico.
P.S. - Para quem não leu, Platonismo aconselha a leitura de «O Caminho da Servidão» de Friedrich Hayek, de 1944. Princípios completamente destituídos do que muito se praticou na Europa e nos Estados Unidos, com Margaret Thatcher e Reagan.
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