Socialistas reagem à decadência de uma liderança [in]segura.
O PS de António José Seguro
está um caco e o que é mais preocupante é que o líder ainda nem sequer foi
testado em qualquer acto eleitoral. Para já são três os socialistas que pedem
um congresso antes das autárquicas deste ano: Pedro Silva Pereira, Vieira da
Silva e José Lello. Tardaram as críticas internas. O rumo que o maior partido
da oposição tem tomado mostra não só a deriva partidária, mas essencialmente a
confirmação da fraqueza da liderança de Seguro. Depois da saída de José
Sócrates – que deixou um vazio de poder no Largo do Rato – a cadeira do
secretário-geral ficou sem chama, sem oratória, sem ideias e numa carência tremenda
de políticas alternativas a um Governo neoliberal liderado por uma Troika
ideologicamente poderosa. Pedro Silva Pereira foi muito claro, ontem, na
Renascença: «se o PS antecipa um conjunto de riscos para a estabilidade
política e se acha que é necessário acelerar os
calendários para estar preparado, então, se calhar também conviria
que a questão do congresso, visto que é um congresso electivo, pudesse
realizar-se tão depressa quanto possível». Já Vieira da Silva defende um
conclave antes das autárquicas. E Lello concorda. Os dados estão lançados. A
oposição interna espera que António Costa avance para minimizar os danos da
deriva interna provocada por Seguro. O tempo dirá que mossa provocará este
momento também ele muito particular para o PS. E tememos que sejam grandes, para mal do País, que precisa, mais do que nunca, de uma oposição firme e eficaz no escrutínio a São Bento & Companhia.
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