Forças Armadas. Que futuro?
Ontem Aguiar-Branco deu uma
entrevista à TVI. O ministro da Defesa falou da reestruturação das Forças
Armadas e explicou que pretende reduzir os custos em 218 milhões de euros a
partir de 2014, sendo que já em 2013 podem ser cortados mais 40 milhões, caso seja mesmo necessário. Estava a ver a entrevista e dou comigo a pensar o
mesmo de sempre. Aguiar-Branco, goste-se ou não, implementou sempre, em toda a
sua carreira política, seriedade [independentemente de ser um 'António Vitorino' do PS e uma espécie de 'Marcelo II' do PSD, no que à liderança do partido diz respeito]. E independentemente de as Forças Armadas
necessitarem claramente de uma refundação, no seu interior, a verdade é que
estão também elas reféns desta austeridade, por vezes, cega. Não quero
acreditar que o ministro da Defesa Nacional não garanta as condições mínimas
para um sector tão importante para o país. Já não falamos da defesa das
fronteiras, ou da tal «Pátria», como muitos agora argumentam para defender o
sector. Há muito por explicar, nomeadamente no que respeita aos submarinos, às
missões internacionais e ao número de efectivos. As Forças Armadas têm
igualmente de fazer um esforço, tal como toda a sociedade portuguesa está a ser obrigada a fazer. Sabemos bem as inúmeras benesses que muitos nas FA têm gozado. Como me dizia há
poucos dias um tenente-coronel aposentado, «enquanto a mama durou, ninguém
protestou». E tem carradas de razão…
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