A ilusão de um Seguro que ninguém quer.

«Só o PS poderá liderar o caminho de mudança em Portugal». A frase é de António José Seguro, líder do PS. A isto só tenho uma coisa a dizer: muito mal está este País se depositar em Seguro os destinos da Nação. Seguro é um homem sério, já aqui o disse e escrevi várias vezes. Mas infelizmente falta-lhe tudo para ser o Primeiro-Ministro que precisamos, sobretudo nos tempos que vivemos. E não se trata apenas do carisma, da mão firme ou do líder aglutinador. Faltam-lhe ideias, faltam objectivos, faltam caminhos. É certo que herdou um partido dividido ideologicamente, um partido que José Sócrates moldou à sua imagem e semelhança, mas acima de tudo um partido que já deitou fora à muito o socialismo. Nem na «gaveta» já está para ser retirado. Junte-se-lhe a isso o facto de o PS ter assinado [como era natural de um partido de poder e «responsável», como eles próprios dizem] o tal Memorando que impõe regras para ter financiamento. Soluções? Poucas para não dizer nenhumas. Talvez a sociedade civil se depare, nas próximas eleições legislativas, como o maior dos dilemas democráticos: sem escolhas, sem possibilidades de esperança. Este é, decerto, o maior drama que um sistema democrático pode ter. 

P.S. - Se «as pessoas estão primeiro», como diz o slogan de Seguro, então que comece, e depressa, a mostrar que assim é. Por enquanto, e desde sempre, que são os números que estiveram sempre em primeiro lugar. 

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