O Presidente de «coisa nenhuma».
O prefácio de 'Roteiros
VII', assinado por Cavaco foi divulgado este sábado, dia em que se assinala o
segundo aniversário da tomada de posse de Cavaco Silva para um segundo mandato
no Palácio de Belém.
São 20 páginas de
justificação à boa maneira de Cavaco, que justifica ante a «crise anunciada»
uma recusa constante em alimentar «sentimentos adversos» à acção governativa.
Lamento Sr. Presidente, mas se o primeiro mandato em Belém foi uma espécie de
«copo meio cheio, meio vazio», descortinando em alguns momentos que poderia ser
o tal «garante» da estabilidade das instituições, o silêncio que se regista nas
paredes do palácio nos últimos meses faz de si um perfeito vazio, uma cadeira
sem Chefe de Estado, um Presidente inexistente. A rua há muito que fala, o
Governo há muito que descamba e o Senhor, afinal, o Senhor o que tem feito?
Potenciado o clima de tensão social e política que por cá existe. Um Presidente
calado, omisso nas reuniões de quintas-feiras em Belém e que está meramente a
cumprir calendário é um Presidente inexistente. Reze para que os dias e noites
passem depressa. Um Presidente assim não pode ser, como sempre apregoou, o
«Presidente de todos os portugueses».
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