Salário mínimo. Um aumento imperativo [há anos].


«A Irlanda fez o oposto, cortou 10%. Nós rejeitámos essa possibilidade, não tínhamos condições para isso. Mas aumentá-lo geraria mais desemprego». 
A frase é do Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, hoje no Parlamento, sobre o salário mínimo, respondendo a António José Seguro que defende – e bem – o aumento do mesmo. Esta foi uma das maiores barbaridades que um dia, alguma vez, podia ter saído da boca de um governante. 
Caro Pedro, 485 euros mensais são uma vergonha para qualquer país dito democrático e que quer ser competitivo nos mercados internacionais. Nenhuma economia pode gerar emprego sem salários dignos, coisa que por cá nunca existiu para os tristes [que são a maioria] da classe média. Este dia coloca-o na história pelas piores razões. Fica o registo como outros tantos que tem protagonizado. Quando a cegueira faz de nós – Governo – uma mera marioneta da Troika [que anda em testes, como se fôssemos cobaias ou objectos], isso conduz-nos a caminhos perigosos e que podem matar qualquer esperança.

P.S. - O salário mínimo na Irlanda é de 1400 euros, mais coisa menos coisa. 

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