Um super-Portas destrutivo.



Pedro Passos Coelho já era tido como o líder mais fraco da era democrática portuguesa. Mas, de facto, nas garras de Paulo Portas, a mediocridade do primeiro-ministro é colocada a nu de forma cruel. Cruel mas merecida. Depois da palhaçada que foi o mês de Julho, em que o presidente do CDS-PP brincou como quis e bem lhe apeteceu, depois de Passos ter cedido em tudo, eis que ficamos agora a saber que detém mais uma valência [é um grande e competente profissional o Paulinho]: vai receber poderes delegados do primeiro-ministro para a tutela da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), competência partilhada com os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Economia. A luta para trazer a diplomacia para a esfera económica foi conseguida e Portas domina agora todos os braços do Governo e tem voz de comando nas principais áreas de influência do Estado. E, continua como peixinho na água, já que Portas continuará a liderar as missões empresariais no estrangeiro. Só tenho uma coisa a dizer, além das muitas que aqui já escrevi nos últimos anos: é este o «super-Portas» e destrutivo de um País, que está refém dos seus caprichos e antigos sonhos políticos. O mais triste é um partido de poder como o PSD, nas suas estruturas partidárias, não armarem um festival contra o líder.

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