Um Estado torto que demorará a endireitar (de novo).
Inédito. Lamentável. Mas também sintoma do clima
que lavra na praça e que tem como protagonista um alegado Estado de Direito e uma
ala fundamental na sociedade portuguesa. O Conselho de Reitores das
Universidades Portuguesas anunciou hoje que está de relações cortadas com o
Executivo de Pedro Passos Coelho/Paulo Portas. A fazer fé nas declarações do
Conselho, que acusa o Ministério da Educação de «falta de diálogo e de faltar à
palavra no que toca aos compromissos assumidos para o Orçamento do Estado» para
2014, é muito triste perceber que o Estado que temos é tudo menos de bem. Não
surpreende, sobretudo, quando diariamente, hora a hora, diria até, vemos a má-fé
que emana das várias tutelas ministeriais. Excepção feita a algumas (como o
Ministério da Administração Interna e o Ministério da Defesa, liderados por
dois homens que são ainda a última réstia de decoro do elenco governativo),
pouca esperança nos resta desta cambada de «alunos bons» da senhora Merkel.Vai torto o Estado a que chamam de Direito. E tememos que demore a endireitar-se de novo.
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