Figura do ano político. O «irrevogável» Portas.


Tem mais vidas que os gatos. Quem o conhece, sabe bem do que falo. Paulo Portas, actual vice-primeiro-ministro, é a figura do ano político que termina. Pelos piores motivos. Conseguiu, a meio do ano, brincar com um país inteiro, com a democracia e as instituições que a suportam, unicamente devido à sua maneira muito eficaz de gerir os caminhos que pisa. Adicionou ao currículo político a palavra que, muito provavelmente, ficará para sempre associada ao seu perfil: «irrevogável». Com a brincadeira, que deixou um país em suspenso, conseguiu o que queria: reforçar os poderes que já detinha no elenco governativo e conquistar o lugar de n.º 2, à medida do cargo que ocupa no segundo partido da coligação de centro-direita que governa Portugal. Com isso, tem liderado processos de Estado que, daqui a uns anos, vamos saber se foram ou não danosos para o País. O jogo da batalha naval, já sabemos, é o seu preferido...esperemos que desta vez o submarino não vá ao fundo. Entretanto, como se isso não bastasse, presenteou-nos com o famoso Guião da Reforma do Estado, uma «montanha que pariu um rato», como sabemos. O ano não podia ter tido maior espaço para Portas que andou, como bem gosta, nas parangonas da imprensa cá do burgo. É por isso, a escolha do Platonismo, para Figura Política do Ano de 2013. 

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