Órfãos às mãos de medíocres. Levo-os a todos no coração.
Esta semana o regime sírio de Bashar al-Assad destruiu milhares edifícios
residenciais, em bairros opositores, com explosões controladas
e bulldozers. Foi uma autêntica matança civil. As imagens que me chegaram via
agências noticiosas juntam-se às centenas que nos presenteiam há meses
consecutivos. O que mais me choca, nesta e em qualquer outra guerra, onde os
banhos de sangue são a arma medíocre, fácil e utilizada, são as crianças. Vidas
destroçadas. Traumas eternos. Órfãos do mundo e da imbecilidade. Lágrimas que me causam
impotência. O Mundo e alguns dos seus homens arrepender-se-ão um dia. Nesse dia
já cá não estarei. Mas levo comigo, no meu coração invisível, aqueles rostos,
de bebe, de infância, e a todos beijarei, como se meus fossem. Tenho dois
sobrinhos. E sempre que me confronto com isto, a revolta é o sentimento maior
que se apodera de mim. Era só isto.
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