A histeria do jornalismo televisivo.
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Fotos_Daniel Rocha (Público) |
Seja o caso do Meco, das praxes académicas,
das mortes de Mandela e Eusébio, o Estádio da Luz a desintegrar-se ou a
tempestade «Stephanie», para falar dos exemplos mais recentes, e por
mais que tente, não consigo perceber qual a escola de jornalismo de
alguns colegas meus das televisões portuguesas. Bem sei que na caixinha
que mudou o mundo é mais difícil manter a sobriedade, mas os directos e
reportagens a que assisto regularmente são dignos do livro do
Protagonismo e não da notícia. Com uma
agravante: exagero da realidade constante, que muitas vezes provoca
alarme social (ainda que controlado). E pergunto eu, para quê? Em nome
de quê? De facto, telejornais de prime time de 20 minutos (como se vê na
Velha Europa, baseado no antigo modelo europeu, como em França,
Inglaterra, Itália e até Espanha) é coisa que por cá deixou há muito de
existir. O que conta não é relatar a notícia, o que conta mesmo é encher
chouriços, e quanto mais gritaria houver, melhor. As fotos são do
Daniel Rocha (Público) e ilustram as últimas horas de temporal que se
registou na costa portuguesa.
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