Grécia. As feridas da crise.
A crise que se vive na
Grécia está a aumentar o número de doenças mentais no país e a dificultar cada
vez mais a possibilidade de tratamento, por causa dos cortes orçamentais ou
pela perda de seguros médicos. De acordo com um estudo
do Instituto Universitário de Investigação em Saúde Mental da Universidade de
Atenas, em 2013, mais de 12 por cento dos gregos sofreram transtornos
depressivos graves, o que representa um aumento de 50 por cento em relação a
2011, quando a doença afectava 8,2 por cento da população. Mais de
metade das pessoas que actualmente consultam um psiquiatra, na Grécia, «são
vítimas da crise». A certeza é dada por Theodoros Megaloikonomu, que leio na Reuters, um psiquiatra que pretendeu
provar que a crise não só deixou sem trabalho e sem casa mais de um milhão de
pessoas no país, mas que também está a afectar a saúde mental dos cidadãos.
É bom que não perdamos de vista o que acontece pela Grécia. Apesar de repetirem
continuadamente que «nós não somos a Grécia», a verdade é que estamos mais
perto dos gregos do que muitos pensam.
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