Moçambique. Saudades de me enamorar.

Assisti ontem à noite a uma reportagem fantástica do Paulo Salvador em Moçambique. A peça, que passou no jornal de prime time da TVI mostrou um país em crescimento, recheado de oportunidades e potencialidades, onde os portugueses comandam os navios das empresas nacionais que ali se têm instalado. Num país onde tudo está por fazer, há um horizonte de esperança, com recursos naturais em abundância, e sorrisos de gente pobre que nunca abandonou a esperança. Os que me conhecem sabem a relação de amor eterno que tenho com aquela terra quente. Em 2002 pisei-a. Sentia-a. E misturei-me com o povo moçambicano, sofredor, e ao mesmo tempo, do mais optimista que conheci até hoje. Mantenho a esperança de um dia regressar e torço para que um país de gente boa acredite que é capaz de ser mais forte do que actualmente é. Ao contrário de Luanda, Maputo pode conseguir mais progresso sustentável para o país, já que os traços sociológicos estão do lado dos moçambicanos. Se há povo afável, hospitaleiro e recheado de boa-vontade, esse povo é este. O que permanece na busca constante da felicidade. Obrigada ao Paulo Salvador por me fazer chorar. De saudade. De alegria. Continuo a acreditar que não há português algum que pise aquela terra sem ser contagiado, sem desejar voltar. Tenho saudades de ti, Moçambique, lá longe, onde o Índico nos toca a alma e a terra e as gentes nos aquecem o coração. 

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