Momento «Em nome de ti, ALA», dia 128.


Momento «Em nome de ti, ALA», dia 128:
 
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Abro a televisão sem aparelho [de surdez] e só vejo no teletexto as partes nacional, internacional, de desporto e as primeiras páginas dos jornais. Claro que há coisas que me indignam e que me alegram, mas isso já é outra pessoa que não tem nada a ver com a pessoa que escreve os livros. É enquanto cidadão português que me indigna. O escritor só escreve, depois há um cidadão que de vez em quando se aborrece. De maneira geral, penso como aquela personagem espanhola do Jorge Amado, que era um homem que andava de país em país, e quando chegava a um país novo perguntava "Há governo? Se há, sou contra". Sempre me fizeram muita confusão os políticos, e, no entanto, sou amigo do presidente Mário Soares, como sou do general Eanes ou do presidente Sampaio. Mas neles sempre vi os homens, como em Ernesto Melo Antunes, e não os políticos. Além de me parecer que se tivemos figuras políticas importantes desde a revolução para cá, elas foram o presidente Soares e o dr. Cunhal». 

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