«Lindo serviço». Mas vá lá, ainda não são favas contadas!
Não vi o jogo da selecção de ontem. Não, não vi. Nem vi os resumos na TV. Não, não vi. Assisti a todo um folclore promovido pela imprensa portuguesa em torno de uma equipa que tem o melhor do mundo, o que é um pouco diferente de ter os 11 melhores do mundo em campo. Não entendo a euforia. O desejo de vencer, em cada português, é indiscutível, mas deve sempre ser distinguido da realidade. Bem sei que é difícil fazê-lo. Eu própria sempre acreditei que era possível. Mas se já sabíamos que iríamos encontrar uma das favoritas ao título, com uma equipa soberba, confesso que devíamos todos estar preparados para tal. Além disso, não é o fim. Há mais dois jogos e sabemos todos de antemão que somos bons a dar a volta, sofrimento é coisa que nos acompanha nestas lides de mundiais e europeus. Por isso, meus caros, toca a «levantar a cabeça», como se diz sempre no mundo da bola, ainda há mais seis pontos em disputa e nada é impossível (se bem que os EUA cumpriram ante o Gana...bom...sigamos no sonho). Seja como for, em cima da desgraça, potenciada por nós próprios (com péssimas exibições em 90 minutos, como li esta manhã nos jornais), ainda temos de ter a capacidade de nos rir e gozar connosco. A capa de O Jogo é a que melhor permite isso. Foi isso mesmo: «Lindo serviço».
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