Momento «Em nome de ti, ALA», dia 153.


Momento «Em nome de ti, ALA», dia 153:
 
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Às vezes faz-me impressão ver, nos restaurantes, casais que não trocam uma palavra, ou vão os dois no carro a olhar em frente. Nós sonhamos sempre com um amor absoluto e sem fim. Eu vi isso nos meus avós. As minhas tias, já adultas, tinham de andar com os pés a bater no chão antes de entrarem numa divisão onde eles estavam para não os surpreenderem aos beijos e aos abraços. E não me lembro de ver os meus pais tocarem-se. O Freud defendia que numa relação sexual havia sempre quatro pessoas, às vezes até pode haver mais. Chega-se a uma altura em que a gente compreende que, às vezes, é mais importante estar de mão dada no sofá do que a fazer amor. E que isso pode ser mais íntimo, mais profundo e dar um prazer de uma intensidade muito grande. Pudesse eu andar de mão dada com o meu avô... [risos]. ».

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