A importância da diplomacia económica.



Um país a braços com dificuldades como é Portugal necessita de um trabalho estrutural e de longo prazo para alavancar a sua economia. Falo da diplomacia económica e da importância que ela assume no actual quadro económico-financeiro do país. É difícil, perante a degradação das nossas condições de vida, reconhecer o que de bom também se tem feito para melhorar o clima económico. Contudo, desde o primeiro Governo de José Sócrates que a nossa diplomacia económica, goste-se ou não da classe política, tem registado grandes desenvolvimentos. A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, mais conhecida por AICEP, tem tido um trabalho essencial nesta matéria. Nesta grave crise que Portugal enfrenta, o aumento das nossas exportações tornou-se um dos contributos mais significativos para o reequilíbrio da balança de pagamentos e, em geral, para a recuperação da nossa economia. Não sabemos se vamos conseguir, depois da destruição económica e social dos últimos três anos. Apesar disso sabemos bem que a dimensão económica da actividade diplomática tem hoje uma importância acrescida. A AICEP, cuja tutela é partilhada entre o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e os ministérios da Economia e dos Negócios Estrangeiros, é fundamental para manter a âncora exportadora positiva e será ela que irá comprovar o esforço de trabalhadores e empresários.Se não  perdermos o rumo e a trajectória isso só poderá trazer ventos novos e sólidos para o PIB português. Esse esforço, de políticos, embaixadores, empresários e trabalhadores merece ser reconhecido. E é bom que tenhamos noção das dificuldades que também todos eles passam para serem bem-sucedidos. Merecem, por isso, o meu apreço, o meu reconhecimento. Pena é que não possam fazer pelos nossos salários e condições de vida o mesmo e de forma tão rápida também.

*Crónica de 7 de Julho, Antena Livre, 89.7, Abrantes.


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