Momento «Em nome de ti, ALA», dia 337.
Momento «Em nome de ti, ALA», dia 337: «Há
instantes de intensa felicidade - às vezes sinto as lágrimas a caírem-me pela
cara - e momentos de grande irritação porque num dia consigo fazer meia página
e no noutro só três linhas. O material resiste, as palavras não chegam, o livro
não sai. Normalmente as primeiras duas, três horas são perdidas, os mecanismos
sensórios ainda estão muito vivos. Então, quando começo a estar cansado, as
coisas começam a articular-se com mais facilidade. É como quando estamos a
dormir e de repente temos a sensação de termos descoberto os segredos da vida e
do mundo, mas sabemos que estamos a dormir. Lutamos para acordar e quando
chegamos à superfície não temos nada, diluiu-se enquanto fomos subindo. Quando
consigo um estado próximo dos sonhos é muito mais fácil trabalhar e só o tenho
estando fatigado».
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