TAP. Uma questão de sensatez.
O Sindicato
dos Pilotos da Aviação Civil decidiu rasgar o acordo com o Governo.
Um acordo longo, mas fechado. Agora avançam com uma greve de dez dias, a
começar a 1 de Maio. Não estão em causa as razões (que, decerto, serão
legítimas, entre elas, a privatização), mas começa-me a meter dó a capacidade
de um sector de estarem dez dias em greve. Há um país que protesta e que não
está no fim de linha. Tristemente, há milhares, em vários sectores, que
mereciam bem mais fazer greve, mas não podem, por várias e diferentes razões.
Com estas brincadeiras dos senhores pilotos já se fazem contas: 70 milhões de
euros, só assim, à cabeça. Conta-se por aí que «há desesperos de tesouraria»
nos cofres da TAP, e cujos prejuízos se agravaram de 5,9 para 85,1 milhões em
2014. Se isto não é brincar com o povo, então não sei o que é.
Declaração de
Interesses: nós, por cá, sempre fomos contra a privatização da transportadora
aérea portuguesa. Uma coisa é a defesa do interesse nacional, outra, bem
diferente são as virgens protegidas que neste país tudo podem, quando querem.
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