A vida que tiveste foi das mais duras que já conheci. És a
mulher-coragem que eu nunca serei. Foste e és a melhor mãe que o mundo me podia
dar. Sem ti, não existo. Contigo, sei que caminharei sempre a sorrir. Eu à frente e tu
atrás, para me protegeres, para me guiares, para me endireitares sempre na
vida. Sofreste para me criar (a mim e ao meu irmão mais velho). Sacrificaste-te por nós sempre a pensar que o nosso futuro havia sempre de ser melhor que o teu. E foi-o. Graças a ti e ao Homem (meu pai) que há quase 40 anos tens a teu lado. E isso, bem isso, não se pode esquecer em cada passo que dou. A cada dia 12 do mês cinco de todos os anos dos calendários que conheço há uma estrela
que brilha mais que todas. E, mesmo passados todos estes anos, em que não conseguimos rir
juntas neste dia, sinto-me em mim, do mesmo modo que tu me transportaste nove
meses dentro de ti. Lá...na aldeia da nossa vida, longe das cidades e da evolução de um país, onde
andava com os pés descalços na terra, onde aprendi a andar de burro, onde
fugia de casa para molhar os pés na ribeira que hoje já corre pouco. Tens o
nome que só cabe em Maio, o mês de todas as mães e de toda a Fé, que também a
ti te guia e ampara. Por mais anos que passem, nunca há-de morrer Maio, nunca
haverá tempo e quilómetros que me impeçam de te amar. Porque o teu é o maior
Amor que tenho. O único que faz de mim, a cada dia, uma pessoa melhor que Ontem.
São 61 anos que hoje a Vida que proporciona. E eu, aqui, sorrio-te, como
sempre, em busca de conforto, mimando-te como posso e sei, e fazendo de ti uma
das pessoas mais importantes da minha vida. Há quem tenha medo de expressar
emoções. Pois eu, cá de baixo da minha louca forma de estar na vida, posso ter
muitos medos, mas nunca hei-de recear escrever cartas de amor verdadeiras.
Mesmo que tu nunca as venhas a ler. Parabéns Mãe!
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