Varoufakis: a jogada arriscada.
Horas depois do
referendo na Grécia, o ministro das Finanças, Ianis Varoufakis,
demite-se. Pelo que tem sido veiculado e escrito, diz ele, que a partir de agora, as
negociações com a Troika são mais frutíferas sem ele do que com a sua presença.
Não vejo nesta ação mais do que uma jogada política para encostar os credores à parede (ainda mais). Resta saber se funcionará e que futuro se joga por estes dias em relação ao povo grego. Se o até agora titular da
pasta das Finanças era um elemento controverso nas negociações (como tantas vezes vimos),
porque não saiu mais cedo e deu lugar a uma via mais moderada? A União Europeia
e o FMI têm brincado com a vida dos gregos – aliás, como com as dos portugueses
– mas se estas manobras políticas não são uma brincadeira, não sei o que lhe
chamar.
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