Abstenção. Ante as notícias virtuais, a realidade mostrou-se nua e crua. Mais uma vez.
Durante
a tarde deste domingo fui vendo as notícias e lendo na imprensa online que a abstenção,
essa malandra, iria portar-se melhor que há quatro anos. Havia relatos, na
região da Grande Lisboa, sobretudo, de que havia filas e filas como «nunca antes se havia
visto». Sempre duvidei que assim fosse. E não era pelo mau tempo nem coisa que
o valha. Simplesmente porque a história dos níveis de abstenção neste país não
muda de um dia para o outro. Muito menos numa eleição em que se jogava o
julgamento de quatro anos de austeridade. Com a noite avançada, percebia-se que os números da
abstenção batiam recordes em legislativas em Portugal: 43,07%. Foi, como se esperava, uma das tristes vencedoras da noite. Um povo que se recusa a dizer o que pensa não pode contribuir para fazer a diferença, seja ela qual for. E, mais uma vez, os prognósticos das redes sociais provaram que a realidade não se coaduna com as euforias virtuais.
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