A maratona dos debates presidenciais.
O modelo de debates televisivos escolhido para as
presidenciais 2016 tem sido criticado por muitas pessoas à minha volta. Não só
no meu círculo pessoal e profissional mas também um pouco por todas as redes
sociais. Ao todo, são 21 os debates entre os dez candidatos que vão a jogo.
Muitos consideram que, até ao momento, o esclarecimento do ponto de vista das
ideias tem sido nulo, não só pelos tempos – curtos – como pela pertinência – ou
falta dela - dos moderadores no guião de perguntas. Vi alguns e, confesso, que
apesar de muitos momentos serem estéreis, na verdade cumpre-se aquilo que mais
se aproxima da pluralidade democrática. Nunca até hoje tinha acontecido coisa
igual. É certo que os eleitores, cansados de discursos políticos, e de missa
cantada em época pré-eleitoral, podem não querer saber dos confrontos. Mas que
ajudam a esclarecer algumas coisas, lá isso, ajudam. Mesmo com muitos defeitos –
não há modelos perfeitos, em nada na vida – gosto da opção e, sobretudo, de
algo que se aproxima a uma justiça e igualdade que, até aqui, beneficiou sempre
candidatos apoiados pelos partidos com assento parlamentar. É isto a
democracia, é por isto que cá andamos, com todas as semelhanças e diferenças
que nos unem e separam, respetivamente.
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