TAP. O copo meio cheio e meio vazio.
Este sábado fica marcado pela recuperação de 50% da TAP por
parte do Estado. Ao contrário das promessas de António Costa, que dizia que, «a
bem ou a mal» o Governo ia recuperar a maioria do capital da companhia aérea
portuguesa, mantém-se a gestão privada com metade do capital público. É, a nosso ver, este é o
menor dos males. Quando não há dinheiro não há vícios. E os 30 milhões que o
Estado terá de injetar na TAP na sequência deste desfecho já é um mau
presságio. Quando temos problemas graves no Serviço Nacional de Sáude, na
Justiça e na Educação, será assim tão importante recuperar a maioria de
capitais públicos de uma companhia que, nas últimas décadas, deu prejuízo?
Tenho muita pena, mas eu não quero o dinheiro dos meus impostos para ajudar a
manter um buraco negro. Quero que os meus impostos financiem a saúde e educação públicas, quero que os meus impostos financiem o Estado social exigente e sustentável, que ajude os que não podem. É para isso que devem servir e não ajudar a manter empresas que não são sustentáveis.
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