De Belém, chega um Marcelo de facção.
Marcelo teima em seguir o que o coração de cidadão lhe pede. Está-lhe
no sangue e no pleno direito que possui enquanto cidadão. Contudo, o presidente
da República continua a esquecer que ocupa uma função de Estado. A nota que
publicou esta quinta-feira no site da presidência é, a meu ver, inqualificável.
Apelar a uma campanha por um clube, o Braga, no caso – e o seu clube, é certo – extravasa tudo aquilo que
um Presidente não pode ser. Se Marcelo quer ser o Presidente de todos os portugueses não pode
apelar a credos, a clubes, a partidos e a religiões. Marcelo ainda não percebeu
o que lhe aconteceu e continua a ser ele próprio. Continuamos a achar que, com
mais uma dezena de episódios assim, as posições de Estado de Belém
transformar-se-ão em posições de cabaret. Perde Portugal, perdemos todos.
Quero um Presidente «afetuoso» sim, mas jamais quero um Presidente vulgar. Temo
que Marcelo se transforme nisso, numa banalidade tremenda, arrastando consigo a
imagem de um país.
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