Orlando Ribeiro: o homem que se emocionava com as paisagens.




Calcorreou o país rural de lés a lés, inseparável da sua máquina fotográfica e dos seus cadernos. Orlando Ribeiro observava tudo ao detalhe. Depois, escrevia, denunciava, descobria. É o «pai» da geografia moderna nacional, e, infelizmente, pouco se fala nele no país, na sociedade civil, na imprensa. Cedo me apaixonei por ele e pelo legado único que nos deixou, documentando a terra e a cultura portuguesas nas décadas de 40, 50 e 60 do século XX, e num país ainda hoje marcado pela diversidade de paisagens. As heranças científica, histórica e etnográfica permanecem vivas graças a si. Recomendo os famosos «Cadernos de Campo», uma obra magnífica do geógrafo, viajante, fotógrafo mas, acima de tudo, do Humanista. Hoje foi dia de reencontro com ele e sempre que puder, tudo farei para manter viva a memória de Orlando Ribeiro, o menino que se emocionava com as paisagens. O homem que carrega também parte do que sou. 

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