Autárquicas: a longa travessia da Direita em Lisboa
Vai mal o PSD na Oposição. Como já é um hábito, sabemos que os sociais democratas nunca se deram bem enquanto partido de força contra-poder. Depois dos sintomas do pós-Governo e pós-Troika, veio agora a síndrome da "crise na oposição" e da crise "pré-autárquicas".
A dificuldade em fechar os cabeça de listas às principais câmaras do país é notória desde o início, com Lisboa no topo das dores de cabeça de Pedro Passos Coelho. A notícia do nome, já esperada, chega pelos piores motivos. Teresa Leal Coelho, a atual vereadora da autarquia lisboeta, que se farta de falta a reuniões de câmara, e também deputada à Assembleia da República foi o nome escolhido. Um nome fraco, sem chama nem alento, que dificilmente resistirá na terrível noite das facas longas lá para a segunda metade do ano.
A direita tem um longo caminho de espinhos pela frente em Lisboa. Dificilmente Medina, com tamanha concorrência, perderá a cadeira do poder lisboeta, a menos que não queira entrar na corrida (o que muito duvidamos).
Até lá, vai ser uma longa travessia do deserto, com a Oposição numa deriva completa, desnorteada e sem saber como combater a "geringonça" que segue viagem em águas calmas.
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