Agroalimentar: um setor que empurra a economia
Portugal segue, em 2017,
rotas de crescimento ainda ténues.
Depois de um período
duríssimo de intervenção externa, o País posiciona-se numa nova fase da sua
História.
Há coisas que, sabemos, não
voltarão a ser o mesmo, sob pena de colocarmos em causa a nossa sobrevivência,
enquanto país, enquanto Estado, enquanto Nação.
Do ponto de vista do setor
público, o diagnóstico está feito. É essencial gerir bem os recursos e as
receitas para pagar salários e pensões, para tornar a Administração mais
eficiente, colocando-a ao serviço dos contribuintes, dos cidadãos, de todos nós
que a pagamos.
Mas é do setor privado que
hoje quero falar. E de uma área que tem assistido a um franco desenvolvimento,
em valor e receita, nos últimos anos.
Falo do Agroalimentar. Este é
um setor que abrange inúmeros segmentos de atividade e negócio, com claro
destaque para a Agricultura.
O nosso Agroalimentar tem
sido decisivo para empurrar as exportações. Hoje, produzimos, vendemos e
consumimos cada vez mais produtos de elevada qualidade.
Temos cada vez mais e melhor
tecnologia à nossa disposição para melhorar o que fazemos, acrescentando-lhe
valor.
Dispomos dos recursos mais
qualificados para lhe darem o toque final de marca qualitativa e temos nas
universidades conhecimento e investigação quanto baste, colocada depois ao
serviço das empresas.
Em 2015 o Governo da altura
lançava, através da tutela do
Ministério da Agricultura e Mar, uma Estratégia ligada ao agroalimentar.
Esperamos
que essa rota se mantenha, tendo em conta que falamos de um setor que, em 2014,
valia 6 mil milhões de euros em exportações, e tinha um crescimento de 7,7%,
não pode ser esquecido nem agora nem amanhã.
O
Programa de Desenvolvimento Rural para 2020 e o Portugal 2020 são dois
instrumentos comunitários fulcrais para lhe dar ainda mais qualidade, já que
esta é uma área económica que precisa de incentivos como de pão para a boca.
Os
fundos comunitários de que dispomos, cada vez mais direcionados para a criação de
valor e não de betão, só podem ajudar-nos a fazer crescer um país naquilo que é
duradouro: a produção e a sustentabilidade.
É
por isso que a bandeira do Agroalimentar nacional não pode ser descurada. Que
os Governos e o País não se esqueçam
dela nunca mais.
Crónica de 3 de abril na Antena Livre, 89.7 Abrantes. OUVIR.
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