A luta desigual de portugueses de primeira e de segunda


Não sou contra baixos salários. Nunca fui e nunca serei. (Alguém será?). Os enfermeiros, classe massacrada nos últimos anos em Portugal, merecem mais. Melhores condições. Melhores salários. Mais apoio, fruto da profissão de desgaste que abraçaram. Posto isto, se não estivesse a falar deles, as frases aplicam-se igualmente, na perfeição, a tantos outros profissionais. É por isto que o que choca não é a luta de direitos, mas sim o sindicalismo bacoco, que vai para negociações com a tutela, a pedir 400 euros de aumento e a redução imediata para as 35 horas semanais. Para a primeira reivindicação, o ministro da Saúde já deu resposta. Para a segunda, volto a perguntar-me por que raio não se iguala em Portugal o mesmo número de horas semanais de trabalho para o público e o privado. Custa-me que este sindicalismo bacoco e algumas esquerdas ultrapassadas não percebam que segmentam cidadãos. Para o público tudo. Já para o privado, que suporta a dívida e o PIB deste país, nada. Esses que se amanhem. E com isto lá se vai a fava "cumpra-se a Constituição". Rasgue-se de uma vez que é mais honesto. 

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