Por uma senhora quê?


A candidata? Teresa Leal Coelho. O cartaz? "Por uma senhora Lisboa" espalhado em cada canto da cidade.

Há muito que os lisboetas (e o país) já perceberam que a candidata do PSD à principal câmara do país está desenquadrada do lugar. É confrangedor ver Teresa em cada ação de campanha. Há, em cada descida de rua, em cada arruada, em cada atravessar de avenida, um desconforto latente.

Teresa Leal Coelho não está descontraída, quase que os dias são um penoso caminho que tarda em terminar. Já não falo sequer das gaffes, que são aos molhos.

Medina está num passeio, imperturbável, que nem as suas casas escancaradas nas primeiras páginas prejudicam. Assunção segue a bom ritmo, sendo uma autêntica surpresa nesta campanha (nos próximos dias falaremos nela), o BE e o PCP cumprem e Joana Amaral Dias cumpre o seu papel de movimento cívico, incapaz de ser mais.

No meio disto tudo há Teresa que até nos cartazes ousou ser arrogante, mas sendo fiel ao mesmo tempo ao mundo de onde vem. Um mundo onde não se anda de transportes públicos, um mundo onde não se calcorreiam bairros sociais de sapatos de salto agulha. Um mundo que não é o de Teresa.

Pedro Passos Coelho sabe que a escolha - à falta de melhor - foi um verdadeiro tiro no pé. E será um desastre completo no domingo à boca das urnas.

Que a semana acabe depressa e que se preparem já os discursos de derrota.

Resta saber se esta será ou não a maior hecatombe laranja em Lisboa.

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