Pedro: o líder que deixa o doente em coma


Na noite das eleições, o discurso não enganava e só os mais desatentos a cada palavra podiam achar que Pedro Passos Coelho se manteria à frente do PSD. As razões estão todas identificadas. Seria redundante falarmos de novo nelas. A isso há que juntar o peso e o legado de um calvário governativo. Por imposições externas mas também por opções estratégicas próprias.

O tempo do passismo na São Caetano à Lapa terminou no domingo. Com várias e longas feridas abertas.

O principal partido da oposição está moribundo, perdeu o norte, as ideias e a identidade social democrata há muito que está enterrada.

O próximo a pegar nos cacos terá um longo caminho de espinhos. Ressuscitar, recuperar o eleitorado perdido (sobretudo os votos de uma classe média ferida pelos espinhos troikianos) e reganhar a confiança própria será um destino demasiado difícil. Não será impossível. Em política, como na vida, o jogo muda a cada instante. Isso é algo provado. Pela História. E pelo país.

Resta saber que consequências serão as que resultam do estado a que chegou o PSD conduzido por um homem que não soube sair no tempo certo.

Sobre Rui Rio e as alternativas que se prognosticam havemos de falar nos próximos dias.

Agora é preciso rezar pelo doente em coma.

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