Alphaville: os anos 80 nunca me abandonarão




Sete anos depois de terem pisado o mesmo palco, regressaram ao Campo Pequeno a 16 deste mês. 

Marion Gold e companhia já não são o que um dia foram. E diga-se, a bem da verdade, nunca foram uma banda apoteótica. Porém, os Alphaville fazem parte de um período da minha vida em que os sonhos, lá longe, na província, longe da civilização, avançavam e se cumpriam na pele. 

Foi a minha primeira vez. E por tudo e nada, não podia deixar de estar. E, pese embora, os álbuns de ouro da música electrónica alemã da década de 80, não há como dizer que foi uma desilusão. Porque desilusões só ao nível daquilo que nunca nos marcou. 

“I Die For You Today”, “Gravitation”, “Heartbreak City” e “Rendezvoyeur” são apenas alguns marcos que é impossível esquecer. E que desfilaram de forma serena, num novembro já frio em 2017, em Lisboa.

Ainda assim, nada comparável a um “Big In Japan”, "Forever Young", "Jerusalém", "Sounds like a melody" ou "Dance with me" para me fazer regressar a uns já longínquos 15 anos.

O peso da idade - a reforma há muito que devia ter chegado - não destrói aquilo que é a história da minha vida. E, desse legado, onde a música teve e terá sempre lugar assente, faz parte a banda alemã, mal amada por tantos, e idolatrada pela minoria. Chamam-se Alphaville. E ao contrário de muitos que se envergonham de dizer alto tanta coisa, eu grito bem alto: eu sou da geração 80. E rompi muita sola de sapato ao som dos Alphaville. Sou  e serei sempre 80's. 

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