Donald Trump: um ano de má memória
Por
estes dias celebra-se um ano de presidência de Donald Trump.
Um
ano de má memória que não deixa o mundo nem descansado nem sequer com
esperança. Os americanos muito menos.
Trump
prefere governar a partir da rede social Twitter em vez de governar o país com
pulso de aço.
Exímio
em criar muros, é precisamente isso que o presidente americano tem feito nestes
últimos 12 meses: seja no Médio Oriente, seja virado para a Europa, seja num
jogo do gato e do rato com a velhinha inimiga chamada Rússia.
Das
promessas tenebrosas que foi debitando na altura da campanha, Trump tem
conseguido cumpri-las todas, sobretudo as nefastas para a sociedade americana e
para o mundo. Desde o programa de saúde Obama Care que condenou, ao Acordo de
Paris ou às posições sobre refugiados e imigrantes.
Os
Estados Unidos atuam hoje de forma unilateral, em vez de procurar coligações e
consensos de paz. Saem de acordos internacionais bastante importantes como o
acordo nuclear do Irão e o Acordo do Clima, como já referi. Isto não é, de
todo, bom para o futuro da Humanidade.
Além
disso, a liderança de Trump deixou um vazio na arena global que não está a ser
ocupado por outros players e a China, de forma interessante, tornou-se numa
ativista em matéria de alterações climáticas, apresentando-se hoje como líder
no comércio internacional.
Com
tudo isto, e sabe-se lá mais o que ainda está por chegar, em 2020 há nova
corrida à Casa Branca e veremos se Donald Trump irá de novo a jogo. Mais
curioso ainda será saber qual o candidato que os democratas vão escolher para
medir forças com Trump.
Seja
como for a América e o Mundo sem Trump são, sem margem para dúvidas, lugares
bem mais seguros.
*Crónica desta segunda-feira, 22 de janeiro de 2018, na Antena Livre, 89.7, Abrantes. OUVIR.
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