O duelo «laranja» que promete não «aquecer» o eleitorado
As diretas do PSD são dia 13. Quase por sorte, não seriam
numa sexta-feira, se é que no caso isso importaria.
Um dos maiores partidos
portugueses está, como se diz na linguagem de corredores políticos,
«esfrangalhado».
A escolha que os eleitores sociais-democratas vão fazer daqui
a alguns dias é, diriam muitos, «mais do mesmo».
Hoje, à luz da última década, estão à vista as consequências
que provocaram não só as asneiras internas como também as externas – empurradas
pela Troika num Governo de coligação.
A História é o que é, e nada a pode alterar. Porém, depois
da tareia – previsível das autárquicas – esperava-se mais de um partido de
poder e com o peso da responsabilidade como o é o PSD.
Santana Lopes e Rui Rio, por razões diferentes, representam
um PSD que morreu, sem chama, e que se assume mais de passado do que de futuro.
Nenhum dos dois terá a força suficiente para recuperar a
confiança do eleitorado que ficou em cacos no durante e pós- Passismo.
O que oferecem, um mais do que o outro, não assume rasgos de
ousadia, diferença ou sequer aparenta ser melhor do que a atual solução
governativa encabeçada por António Costa.
Uma coisa é certa, os pais-fundadores do PPD-PSD (pelo menos
os que ainda estão vivos), com Santana sempre a lembrar o mais saudoso, já nem
sequer se importam com o estado a que chegou um dos principais partidos
portugueses. A social-democracia, a verdadeira social-democracia está defunta,
e o problema reside precisamente neste ponto: estamos num tempo em que as
ideias e o pensamento político pouco ou nada se diferencia, quando o que está
em causa é a prevenção, evitar falências económicas e financeiras.
É por isso que, olhando para Santana e Rio, sabemos que o
futuro dos militantes do PSD é negro. E o do país também. Para o bem e para o
mal, o partido é parte integrante de um sistema histórico que contribuiu, tal
como o PS, para a coesão da democracia e do Estado portugueses.
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