Comunicação social: o trunfo que tramou Marcelo
"Quando sair de presidente não regresso à comunicação social". A frase é do Presidente mais mediático da democracia portuguesa, proferida esta quarta-feira em visita às novas instalações da SIC, em Paço de Arcos.
Há muito que a incongruência aterrou em Belém. Como pode Marcelo dizer uma coisa destas quando ele nasceu e viveu uma vida inteira na e com a comunicação social?
Os media estão para Marcelo como o oxigénio está para cada um de nós. Espanta-me apenas que o homem que mais sabe lidar com jornalistas seja o mesmo que perdeu a mão à sua estratégia de comunicação no cargo de Presidente.
Já não há volta a dar. A banalização do cargo já é irreversível com Marcelo na cadeira de Belém.
E mesmo que vá a um segundo mandato a (sua) história já não será a mesma.
O Governo que deve ter um gabinete de crise só para gerir Marcelo já percebeu que não precisa fazer muito, já que o próprio Marcelo se tem encarregado no último ano de se espalhar ao comprido em muitas situações.
António Costa tem capitalizado essas fraquezas e em ano de eleições isso é o que mais importa.
Resta saber até onde vai as loucuras deste Presidente que perdeu completamente a noção de sentido de Estado em muitos momentos.
Quero um Presidente próximo das pessoas e dos seus problemas. Mas não quero um Chefe de Estado que se substitua ao Governo, não quero um Presidente que banalize diariamente a vida dos portugueses. E foi nesse buraco que Marcelo, por quem tenho bastante apreço, caiu.
Veremos até onde vai o circo mediático.
Veremos até onde vai o circo mediático.
Comentários